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queer // Moda e Ativismo Queer

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    revistabastiao
  • 21 de out. de 2014
  • 2 min de leitura

Autor: Ramon Steffen*


As camisetas promovendo mensagens pró Kennedy e a imagem de JFK foram uma ferramenta política importante, durante as eleições americanas de 1960. A partir daí, elas foram reconhecidas como base para veicular qualquer tipo de mensagem. Na década de 1970, em Nova York, foram estampas com as palavras “Lavender Menace” como protesto contra a exclusão das lésbicas da National Organization of Women’s (NOW). Na década de 1980 com o crescimento dos Cristãos de Direita no Partido Republicano, os movimentos gays e lésbicos adotaram a camiseta com mensagens a favor dos seus direitos e contra a tentativa da Direita americana de atacá-los em razão do crescimento da AIDS.


Em 1987 durante a Segunda Marcha Nacional em Washington para os Direitos de Lésbicas e Gays, os participantes foram encorajados a comprar, ou criar camisetas e demais peças de roupa com mensagens de protesto. As frases evocavam os direitos dos grupos e mensagens políticas em prol da causa. O Act Up, criado no mesmo ano para impactar a vida de pessoas com AIDS, foi responsável por camisetas de forte apelo visual. Além de trazer lucro para o grupo elas ajudaram a disseminar as mensagens pró LGBT.


Act Up

No final da década de 1980, a expressão Queer foi adotada como forma de representar todas as minorias sexuais que não se identificassem com o padrão binário, heterossexual vigente. A palavra, estampada em camisetas, dava visibilidade para as diferentes expressões de sexualidade ao unir todas sob a mesma bandeira.


Estes exemplos americanos podem servir de alerta para o momento em que vivemos no Brasil. Em período eleitoral, não podemos deixar que nos tornem invisíveis, devemos vestir o que nos representa. Tomar posição. Exigir dos candidatos um posicionamento em relação ao nossos direitos. Somos minoria e devemos nos unir. Se nós não nos orgulharmos do que somos e defendermos nossos direitos, quem o fará por nós? É hora de vestir a camiseta para que não nos silenciem.


*Graduando em moda, contribui com a Radar Inteligência e Projetos de Moda desde 2012 com produção de conteúdo de moda, de comportamento contemporâneo e edição de moda. Interessado por pesquisa, moda masculina e questões de gênero. Como autor de textos, escreve sobre as relações da moda com gênero, política e comportamento jovem. Criou e é o designer do projeto Zero, uma experiência com formatos de modelagem que subvertem a anatomia e os códigos que dividem masculino e feminino.

 
 
 

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Revista Bastião | Porto Alegre | 2014

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